
Uma arte que surge em algum lugar do tempo, com muito sofrimento, injustiça, opressão de um povo onde a cor da escravidão era prevalecida pela lei, nessa evidência demostrada que o produto humano como mercadoria automaticamente se transforma em uma grande força da economia nesse momento.
Nos tempos de hoje creio que sabemos muito menos do que imaginamos dessas historias contadas e recontadas por livros e historiadores que conseguirão resgatar algumas fotos e documentação históricas que se publicarão ao longo de toda essa maldição que foi a escravidão. Imaginamos os milhares imagens que não sabemos e tampouco somos conscientes do verdadeiro acontecimento, um período escuro causador de um vazio na história que carregamos ainda como cravos ardentes com uma profunda decepção onde o efeito jamais justifica a causa.
Posso chegar a entender que de uma forma o de outra intentarão nos mostrar um pouco do que realmente foi vivido nesse momento, um pensamento iguinorante de uma classe totalmente dominante fazendo que este período se transladara nos dias de hoje. O indiguinante é mesmo sabendo com consciência dos errores do passado, de alguma forma por a sede de poder ainda seguem disfarçando com as diferentes formas de camuflagem que as estruturas dominantes se apoderem do sistema e como consequência as pessoas.
Acredito que para saber com propriedade desse tempo em concreto, teríamos que nascer neste período e vivenciar na pele todas as atrocidades que esse povo sofreu e foram submetido a enfrentar ao largo de tantos anos trabalhos forçado dia apos dias nos canaviais das fazendas dos senhores da casa grande, pois a produção da economia se convertia no sangue da fortuna pela grande explotação dos recursos naturais.
Um povo escravizado, esmagado por seus valores onde sua diguinidade são encachotada baixo terra ou até mesmo em seus vínculos familiares não são dignos de respeito, onde meu direito de nascer é amordaçado pelo meu primeiro anto.
Quando falamos dos direitos humanos se convertendo em crueldade onde o poder da classe dominante seguiria impulsionando o medo para impone sobre a integridade e crueldade covarde que ficaria marcada em cada pensamento que trazia as gerações futuras e sobretudo nas mesclas sanguíneas querendo saber sua identidade real que foi forçada a ser exterminada.
Tamanha em gratidão desse sofrimento causado por senhores que conseguiram fazer fortunas respaldados por a lei nesse período. O impressionante é como uma montagem desse calibre tenha tanta força transpassada de geração a geração, uma covardia por parte das grandes estruturas. Se esperam que seguimos realmente amordarçado por um período infinito, cuidado!!! Falo isso porque como tenho a morte assegurada, manifesto minha sincera e profunda indiguinação não a cambio de espécies e sim de um sonho de uma melhor humanidade.
Tenho vergonha de uma riqueza que vivo na qual foi construída na base da dor, quando observo na atualidade aquele povo sem condições dos direitos básicos de sobreviver como seres humanos, sinto que tenho que seguir me ausentando da mentira e me afastando da verdade.
Passaram anos é verdade, pois temos que realmente avançar na consciência, tudo que relatei como dor não vejo hoje expressados em vários discursos, pinturas, obras literárias e incluso conceito de ensino básico. Comecem o processo de aceitar a igualdade como um aporte de realização em comum que o pensamento do outro é tão valido como o seu próprio mesmo com argumentos ao contrário.
A origem desse povo traz no seu interior um mundo carregado de ancestralidade, sabedoria, conhecimento e compaixão, essa magia escondida por tempo onde o fundamento da mãe africa traz desse berço da humanidade e sobretudo cada um traz no seu interior um guerreiro africano.
Acredito que muitos capoeiristas, amantes e praticantes dessa grandiosa arte capoeira, gostaríamos de saber e entender a verdadeira história sem intermediários de contos de fadas que nos confundem e nublam nossas vistas e muitas vezes querem reescrever nossa enciclopédia.
Joelson da Silva
Mestre de Capoeira